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 O mercado imobiliário foi um dos poucos setores que não foram afetados pela pandemia de coronavírus. Uma nova projeção da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) estima que as vendas de imóveis devam crescer cerca de 35% em 2021.
Em São José dos Campos não foi diferente segundo os indicadores de registros imobiliários. De acordo com os dados da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a cidade obteve um crescimento 82,2% na compra e venda de imóveis no mês de abril de 2021 em relação ao mesmo mês do ano passado. Comparado com o mês anterior (março), São José registrou um aumento expressivo de 15,8% nas compras e vendas imobiliárias
Somente no mês de abril, o município teve 1.246 registros de imóveis comprados ou vendidos.
Em 2021, somando os quatro primeiros meses do ano, foram registradas 4.190 compras e vendas de imóveis - o que representa um aumento de 27,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo Julia, assessora da Imobiliária Nova Freitas, que atua em São José, Caraguatatuba e Pindamonhangaba, houve um aumento de 25% no mercado imobiliário. Esse aquecimento foi percebido principalmente a partir de junho do ano passado, época que a imobiliária bateu o maior recorde de contratos fechados. A assessora explica que os contratos foram firmados em dois perfis.

“O primeiro perfil de venda é de pessoas de outras cidades, principalmente de moradores da capital, que estavam vindo para o Vale, buscando casas em condomínio e sobrados para ter um espaço maior. Por outro lado, muitas pessoas que já eram inquilinos ou que moravam em aluguel, estavam buscando outros imóveis de locação com preços mais baixos, porque tiveram uma redução na renda de alguma forma ou perderam o emprego e precisavam migrar para uma locação que tivesse um valor mais baixo. Tivemos esses dois perfis de buscas, por isso houve esse aumento considerável de 25% de crescimento de negócios fechados no ano passado e consequentemente ainda acontece esse ano”, disse Julia.

A Imobiliária Nova Freitas tomou algumas atitudes para diminuir os impactos da pandemia no setor, como a parte de canais online para atender tanto o locatário como o proprietário. Um  exemplo é a locação digital, em que o cliente faz a busca e assina o contrato de forma online, dentro de uma plataforma. O proprietário também consegue fazer todas as partes administrativas, como acessar boletos, falar com os departamentos e pedir manutenção, tudo de forma digital.

Além disso, a questão das renovações e renegociações, por conta de muitas pessoas precisarem diminuir o aluguel, fez com que o contato com o proprietário e locatário teve que ser reforçado. “Essas ferramentas de atendimento online foram o que ajudaram a empresa não ter muito impacto, porque nossos corretores e administração conseguiram trabalhar a distancia e de casa e puderam continuar atendendo todos os clientes de forma digital”, contou a assessora.
Samantha Chuluck, da Geração Imóveis de São José, contou que o aumento se deu na procura dos imóveis de opções variadas conforme as necessidades de cada família.

“Uma família que mora num apartamento padrão de três dormitórios e o marido que precisou trabalhar home office, com os filhos e esposa em casa, está procurando um apartamento maior ou uma casa”, contou.
O aumento do setor imobiliário foi significativo durante a pandemia. Esse fato obrigou a imobiliária Geração Imóveis a procurar novos aprendizados e tecnologias para melhor atender as novas necessidades tanto dos colaboradores quanto dos clientes.

“Hoje nós utilizamos assinatura digital para agilizar e evitar o contato desnecessário de pessoas respeitando as medidas de distanciamento. Outra medida que adotamos foi em relação à Lei LGPD de proteção dos dados de nossos clientes, recebendo todos os documentos através de um link seguro”, contou Samantha.
broker (gestor) e CMO (Diretor de Marketing), Bruno Cardoso, da RE/MAX Grupo OAK, de São José e Jacareí, faz parte do mercado de imóveis residenciais de terceiros e contou que o mercado se aqueceu durante a pandemia.

A empresa RE/MAX foi implantada no meio da pandemia, após enxergar o aquecimento de compra e venda de imóveis como uma oportunidade de oferecer serviços de qualidade aos clientes.
“Para não sermos impactados pela avalanche da Covid-19, nós escolhemos fazer muito mais pelo cliente, como um feedback constante sobre o imóvel dele, fotos e vídeos profissionais, capacitação a toda nossa equipe, desde o fotógrafo até o corretor de alta performance “, contou Bruno.

A empresa utiliza a internet como uma aliada na hora de atrair novos compradores para os imóveis, utilizando fotos e vídeos que são bases do serviço prestado ao cliente. “Com o famoso marketing ‘boca a boca’, quando temos a indicação de alguém, tudo flui melhor. Nessa pandemia vimos que as pessoas estão carentes em poder compartilhar da sua vida. Às vezes basta nosso corretor fechar a boca, ouvir com atenção e ali já estão as perguntas e respostas para atender esse cliente com excelência”, disse.
Para Bruno, o motivo do crescimento do setor imobiliário se da pelo fato das pessoas estarem fazendo um “upgrade”, ou seja, vendendo seus imóveis para comprarem outro. Principalmente na RMVale, onde famílias estão saindo da capital de São Paulo para terem mais qualidade de vida e automaticamente comprarem mais com menos.
“Antes um apartamento que era apenas para dormir, na pandemia se tornou um lugar para dormir, para comer, para trabalhar e para ter lazer. Geralmente, o preço de um apartamento em São Paulo, em um bairro nobre, é o preço de uma casa em condomínio com quintal aqui na nossa região. Por isso esse aquecimento, pessoas trocando de imóvel”, finalizou o broker.